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A qualidade do ar é melhor em espaços interiores do que exteriores?

A poluição ambiental é algo que não se vê, mas que pode ter consequências graves para a saúde. Poderá pensar que estar em casa, com as janelas fechadas, pode ser uma forma de fugir a estes componentes nocivos. Mas será que é verdade? Será que a qualidade do ar em espaços interiores é melhor do que a qualidade do ar no exterior?

Como em muitos ramos da ciência, a resposta é “depende”. Enquanto no exterior conseguimos ver o fumo a sair dos tubos de escape dos veículos ou das chaminés das fábricas, no interior os poluentes são mais subtis – mas igualmente perigosos. A Agência Europeia do Ambiente avança que “estudos recentes indicam que alguns poluentes ambientais nocivos podem existir em maiores concentrações em espaços interiores do que exteriores”.

Erik Lebret, especialista do Instituto Nacional de Saúde Pública e Ambiental dos Países Baixos, citado pela EEA (Agência Europeia do Ambiente), afirma que “a poluição do ar não para à entrada da porta. A maior parte dos poluentes do exterior penetra para as nossas casas, onde passamos a maior parte do nosso tempo”. A solução apontada pelo especialista pode ser complexa: ventilar a casa, mas não de forma exagerada para evitar perda substancial de energia – que irá obrigar ao consumo de combustíveis fósseis para repor e, logo, poluir mais o ar.

Este tema tem vindo a ganhar destaque entre a comunidade científica, uma vez que as pessoas passam a grande maioria do seu tempo em espaços fechados. “A baixa qualidade do ar no interior pode ser especialmente prejudicial para grupos vulneráveis, tal como as crianças, os idosos, os que têm doenças cardiovasculares e respiratórias crónicas, tal como a asma”, avança a EEA.

A Fundação Europeia dos Pulmões enumera um conjunto de situações que podem diminuir a qualidade do ar nas divisões e provocar problemas de saúde – por exemplo, sistemas de aquecimento e de cozinha que não sejam ventilados; químicos domésticos (tintas, produtos de limpeza, pesticidas, entre outros); materiais de construção; e até mesmo os solos sobre os quais as casas foram construídas.

Cada um destes campos pode prejudicar a qualidade do ar e provocar doenças, sobretudo, ao nível respiratório. Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, a exposição à poluição do ar em espaços fechados pode levar – a longo ou curto prazo – ao aparecimento de sintomas como tosse, irritação dos olhos, dores de cabeça, reações alérgicas. Em casos mais graves pode ocorrer exacerbação da asma ou outra doença respiratória e, “em casos raros, contribui para condições que colocam a vida em risco como doença de legionella ou envenenamento por monóxido de carbono.

A Fundação Europeia dos Pulmões sugere algumas medidas que poderá colocar em prática para tornar o ar de sua casa mais saudável:

  • Não fumar em espaços fechados;
  • Ventilar bem a casa, abrindo as janelas durante cinco a dez minutos várias vezes ao dia – principalmente enquanto cozinha ou depois de tomar banho;
  • Prevenir infiltrações de água e reduzir os níveis de humidade;
  • Optar por materiais e mobílias com baixas emissões;
  • Ventilar bem a casa depois de usar químicos – tais como detergentes, agentes de limpeza e ambientadores – que libertam químicos para o ar;
  • Limpar regularmente os filtros dos aparelhos de ventilação, para evitar que se espalhem poluentes ou partículas nocivas à saúde.

Em suma, a qualidade do ar em sua casa, no local onde trabalha ou na escola dos seus filhos é crucial para uma vida saudável, uma vez que é aí que se passa a grande maioria do tempo.

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